#trabalhecomartistas #itgirl Sobre a solidão das #pcds

#diadotrabalhador

Gosto de andar sozinha pela cidade, pegar ônibus e metrô, ir e vir comigo e só. Passei tempo para entender que querer somente minha companhia não era errado, porque é o que muita gente me diz. O capacitismo é tão comum que a gente se acostuma com a dor. Ela não deixa de existir, apenas torna-se parte do viver. Todos os dias, ao andar sozinha por escolha, pago seu preço. Ouço frases como "o que ela faz andando sozinha?" "Ela não poderia estar aqui." "Essa menina deveria estar em casa". E então eu sorrio, sorrio porque sorrir é ato de resistência. Em um mundo onde seu corpo é rejeitado, sua voz é silenciada e seu pensamento é reduzido e reprimido, existir sempre será resistir. É pela resistência que eu sorrio. #resistência

Se vocês trocarem o "lightweight" por "language" fará um pouco mais de sentido. hehehe Quando conversarem comigo e não me entenderem, podem pedir pra eu repetir.

Vídeo sobre minhas observações sobre o riso em pessoas com Paralisia Cerebral e deficiências neurológicas. Para essa explicação, comparei os movimentos involuntários presentes na minha Paralisia com as emoções. Por vezes, os risos também parecem involuntários, o que pode ter alguma relação com os espasmos musculares. Outro ponto interessante que pude observar a partir da vivência com meu corpo é que quando o riso se inicia e alguém me pede para parar eu não consigo, bem como ocorre quando vou tirar sangue e a (o) enfermeira (o) pede que eu controle os movimentos dos braços (que são involuntários). A saída para ambos os casos é desviar a atenção nesses momentos para qualquer outra coisa, afim de diminuir as reações. Aí está o motivo para eu estar constantemente de fones de ouvido ou com algum tipo de brinquedo nas mãos.